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RAONÍ REDNI

    Raoni Redni,  Tem nome de índio e cara de Alemão, Vive no eixo cultural entre a baixada fluminense e a capital fluminense. Cria da periferia... cria que re-cria o próprio espaço.

   Mix de todas as raças, com a presença dos negros e dos índios, sobe nas paredes pluralistas e orgânicas que apresentam se potentes bem exploradas na grafia, nas impressões, grafites, colagens e pichações.

Dinâmicas, as paredes são como gritos de atenção, gritos de pedido de socorro, são gritos de suspiro e de reflexão.

   Raoni vem sim!!! De um subúrbio conturbado violento, reativo, mas feliz, foi criado com amor e toda liberdade, toda, toda essa que tem roda de samba no fundo do quintal, churrasquinho com cerveja e rodas punks e hip hop na Rua Ceará...Rua nua e crua na essência do lugar , lugar de todas e de todos, onde a convivência é quem “educa”. 

   O momento é tenso e grave, o movimento não pára... de helicóptero de deputado à avião da presidência; as explosões das noticias não abalam ou evitam os acontecimentos espúrios orquestrados por poderes ocultos e que nos afetam diretamente em todas as direções, assim o artista responde desvelando uma sociedade dividida onde seus ícones estão nas encruzilhadas da vida e seus deuses já não moram mais no céu. A realidade exposta como feridas sociais e urbanas.

   Imana em seu trabalho a impregnação do olhar gráfico das colagens em outdoor midiáticos em excesso de nascença, nasce, cresce e ocupa o lugar, que sobrevive a qualquer custo, em que ultrapassou o lugar que foi estabelecido para se está... ”Tá dominado...tá tudo dominado”... não tem lugar que não estamos lá... e pulsa, sobe, desce, desenha, cola, pinta, escreve, re escreve...percebe!!!. 

   São camadas de memórias agarradas no espaço do tempo vivido e convivido na cidade no aqui e no agora.

Imprime compulsivamente sua malandragem pintada, respingada, escorrida que não esconde seus gestos, nem tão pouco as sujeiras do cotidiano comum aos artistas livres.

   Ao conversar com Hélio Oiticica e Basquiat, seu transito é fluido. Reconhece bem as vielas e quebradas das periferias da periferia da cidade maravilhosa de “Tião” brasileiro do Rio de Janeiro; indo além do Herói sobrevivente e marginal do mundo ao virtuosismo gráfico, gestual, solto, descompromissado e livre do atual espírito do tempo.

poster / lambe lambe / parede criativa

 depoIS DE TODO O PROCESSO QUE ENVOLVE CRIAR UMA ARTE GRÁFICA, BROTA OUTRA IDEIA QUE É DE ATAQUE. DE COLAGEM E PAREDE. DO CHEIRO DA COLA E A ADRENALINA DO ATO.

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